"Zé de Albuquerque" mostra suas letras ácidas e românticas embaladas em sonoridade pop

Com um álbum que mescla romantismo e acidez nas letras, emolduradas em belas melodias que passeiam por diversos estilos, o homem-banda Zé de Albuquerque (SP) chega ao mercado fonográfico em 2019. E estréia com nove canções, todas autorais, que confirmam o vigor artístico do trabalho - unindo pop, rock e MPB.
Zé de Albuquerque chega dia 25 de janeiro às lojas digitais, comemorando vinte anos do tradicional selo Astronauta Discos – que surgiu em 1999 na Universal Music e acaba de assinar novamente, quase duas décadas depois, com a companhia.

Gravado no estúdio Toca da Cotia, em Niterói (RJ), com direção artística de Leonardo Rivera e produção de Igor Bilheri, foi masterizado por Pedro Garcia.

Criada e desenvolvida pelo cantor, compositor e guitarrista Vinicius Barreiras, que tem 28 anos e metade deles nos palcos, a banda Zé de Albuquerque existe há três anos. Após as idas e vindas de integrantes, Vinicius se cercou de seu ex-aluno de guitarra, Joshua Carraro – de 16 anos, que o conheceu aos treze – e músicos convidados de São Caetano do Sul, São Paulo.

“A gente se conheceu na minha escola, Leandro Klein, em São Caetano, onde Vinicius foi dar aulas. Eu era criança e o cara me fez tocar Molly’s Lips até cansar, aí me passou Smells Like Teen Spirit e Love Buzz. Quando vi já adorava Nirvana e hoje é uma das minhas bandas favoritas”, disse Joshua sobre o vocalista e letrista.

As diversas influências de Vinicius vão de Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e Cartola a – pasmem! – quase todas as duplas sertanejas dos anos noventa. Mas considera influências diretas mesmo jóias como Gonzaguinha, Legião Urbana e Raul Seixas.

“Se fosse falar aqui de todas as minhas influências ficaria uns quarenta minutos pelo menos. The Beatles, Nirvana, Titãs, Cazuza, Velhas Virgens, Los Hermanos...”, conta Vinicius, dizendo que escolheu gravar o álbum da Zé de Albuquerque no Rio de Janeiro por indicação do diretor do selo Astronauta. Leonardo Rivera convidou o produtor Igor Bilheri (ex-Divã Intergaláctico) e os músicos Eduardo Magliano (bateria), Bronze (violões, baixo e guitarras) e Gabriel Calderon (órgão) para gravar. Também foram chamados por Igor os músicos Gabriel Mota (trompete) e Wander Angonal (trombone), que gravaram em duas faixas. “A idéia foi imprimir outra estética sonora às demos que ouviu quando Vinicius procurou o selo”, conta Leonardo.

Vinicius Barreiras canta por aí desde os 14 anos, em sua primeira apresentação defendeu “Que País É Este” (Renato Russo) e descobriu que queria compor de verdade. Dos 10 anos em diante sempre pedia livros ou discos em datas festivas. Algumas faixas do álbum foram escritas por ele aos 15,16 e 17 anos. O vocalista já integrou as bandas independentes Orion, Duas Doses e Meia, e foi baixista e cantor da Unknow, além de guitarrista e vocalista da Lugar Comum e vocalista da Gang Bang Blues – especializada em blues e improvisações.

Embora admire vários artistas estrangeiros, o vocalista da Zé de Albuquerque faz questão de escrever em português. “Não gosto de separar lirismo e a música propriamente dita, harmonia-melodia-ritmo, sabe? Pra que eu realmente goste da canção ela precisa me dizer algo com palavras e notas. Como sou brasileiro e estou no Brasil, pretendo fazer isso de modo que todas as pessoas entendam. Tenho bastante coisa pra dizer”.

Confira também, a partir do dia 25, no canal AstronautaVEVO, o lyric vídeo de “O Mar”, assinado por Adib Fraxe.

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