Aceleração Labsonica (edição Tocado Bandido) lança live sessions dos seis artistas

A aceleração musical LabSonica do Estúdio Toca do Bandido chegou à fase de live sessions dos seis artistas contemplados pelo edital. Com direção artística de Constança Scofield e produção musical de Felipe Rodarte, Caio Prado, Bule, Varandão, Luciane Dom, Tuim e Sandyalê gravaram singles inéditos em formato de vídeo ao vivo para o Live Sessions Labsonica.


Como explica o produtor Felipe Rodarte, o fio condutor de todos os vídeos é a essência da Labsonica, o Laboratório Sonoro da Oi, que abrigou o processo de pré-produção e das lives da Aceleração. "Mais o espaço criado pela Oi Futuro para experimentação e desenvolvimento de novos artistas, tudo isso dentro do modelo de produção e aceleração criado pela Toca do Bandido", ele destaca.

As lives, ele ressalta, fortalecem a construção e divulgação da imagem dos artistas acelerados. "Além de mostrar a qualidade artística e técnica de suas performances e interpretações captadas em um ambiente propício para a experimentação com ótima estrutura". Ressaltam, também, a diversidade da curadoria, traçando um panorama amplo seja na questão estética como também no propósito artístico de cada um.

Varandão: https://youtu.be/H8L4njlcMzA
Na sua apresentação no Labsonica Sessionas, Varandão juntou duas músicas: Aladim e Bye. Aladim é um som que fala sobre vivência, e sobre estar atento a tudo/todos que te cercam em períodos de melhoria. Faz analogia ao personagem Aladin, que tinha sangue persa e era um sem teto/ladrão que conseguiu ascender na sociedade na história contada,com o varandão que é composto por jovens de periferia sem grandes perspectivas acadêmicas mas que vê na arte uma possível ascensão e capacidade de crescimento.  Bye é uma música que retrata o amor, e toda essa atmosfera gostosa trazida por ele, mas que tem seu fim devido ao tempo e as mudanças que vêm com ele.

Caio Prado: https://www.youtube.com/watch?v=ulDlfwTgyq4
“Cantiga de Erê” é uma parceria com o cantor e compositor Jean Kuperman; inspirada na contação de histórias infantis e na relação com o tempo, a canção de acalanto e esperança evoca o trovador popular “Griô”.

Luciane Dom: https://youtu.be/FcnmUXA617I
Kabile, novo single de Luciane Dom, fala sobre atravessar as fronteiras da língua através da dança. Música cheia de swingue, faz mexer a cabeça e o corpo junto.

Sandyalê: https://youtu.be/3hRe4kFjflk
Com uma atmosfera etérea baseada em batidas tribais, “Pensando em Mim” é uma música com letra de Sandyalê e melodia de Meno Del Picchia. Foi escrita após o término de um relacionamento e tem como elemento central o amor-próprio. “A canção fala sobre se amar primeiro pra poder amar o próximo. É sobre se voltar para dentro, para os seus valores e para onde você quer chegar”, explica Sandyalê.
Com direito a versão ao vivo gravado no estúdio Labsonica, no Rio de Janeiro, a canção teve seus primeiros beats produzidos por Dudu Prudente, que contou com a posterior colaboração de Pedro Lião (piano e synth) e Marcelo de Lamare (guitarra e synth), sob a produção musical de Felipe Rodarte. Há também uma versão de estúdio, gravada no estúdio Toca do Bandido. “Pensando em Mim” é o último dos três singles que a sergipana Sandyalê lança em 2020. Após o pujança dos sintetizadores oitentistas de Tateia e da balada psicodélica de Sua, o terceiro single é percussivo e demonstra, junto aos outros lançamentos, o caminho que a cantora e compositora deve seguir no seu terceiro álbum, com gravações previstas para 2021.

Tuim: https://youtu.be/6h_xHccBDXE
1964 é uma distopia. Uma história baseada em fatos surreais. Como se pudéssemos viver um desfuturo. É uma música composta em 2018, num período pós eleitoral. Carrega influências que vão da música impressionista francesa ao modalismo brasileiro, culminando num rock repleto da potência da palavra. É um grito de alerta contra o retrocesso.

Bule: https://youtu.be/MaajzxjIFnQ
“Certo” é um canção feita em 2018 com influências fortes na música brasileira, especificamente a nordestina. Instrumentos rítmicos pernambucanos e os vocais percussivos inspirados em Gilberto Gil misturam-se com guitarras e sintetizadores da música pop internacional, remetendo a ícones como Madonna e Prince. Na letra, a música sugere a derrocada de padrões de comportamento ideais, presumíveis e sob medida para todas as situações. Apesar de seguirmos uma base de atitudes e discursos certos (ou não), eles não são infalíveis nem funcionam perpetuamente em qualquer cenário. Há exceções, somos contraditórios, vivemos diante de circunstâncias muitas vezes imprevisíveis. Tocamos, assim, na complexidade das nossas vivências, variadas, múltiplas, (in)certas.

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