Guilherme Meirelles lança o disco “Ainda Vivo Sonhando”, uma carta melancólica por dias melhores

No dia 17/11 chegou aos streamings “Ainda Vivo Sonhando”, segundo disco de Guilherme Meirelles. Multi instrumentista carioca, Guimeire compôs, produziu e gravou todos os instrumentos do registro, além de mixar e masterizar todas as faixas.


O artista lançou seu primeiro trabalho musical aos 18 anos: um bedroom pop caseiro sob a alcunha de Guilhé, que teve sua produção e captação feita com um celular. Em 2018, já mais experiente, produziu “Descendo a Ladeira”, seu disco de estreia com o nome de Guilherme Meirelles. Sem nunca parar de compor, desde então lançou 6 eps que flertam com o slowcore, o shoegaze e o “rock triste” da Geração Perdida de Minas Gerais. Agora Guilherme coloca no mundo seu segundo disco, que traz mensagens mais otimistas que os trabalhos anteriores e é marcado por reflexões sobre o passado e seus desejos para o futuro.

Com 12 faixas, “Ainda Vivo Sonhando” é recheado de músicas que abordam os sentimentos do artista sobre sua própria realidade, com histórias que funcionam como desabafos pessoais acerca de transtornos, conflitos e convivências da juventude suburbana. Enquanto afirma a estética caseira de suas produções, Guilherme exibe o trabalho cuidadoso de guitarras entrelaçadas e riffs propositalmente bagunçados, além de baterias gravadas digitalmente que soam como se tivessem sido captadas em uma garagem nos anos 90:

“Eu nunca perco essa essência de baixa fidelidade e alta sinceridade”, brinca o artista. “Gravando em casa, explorando novas maneiras de fazer música, e colocando pra fora muita coisa que fica entalada na garganta.”

O amadurecimento de Guilherme se mostra não apenas nas letras e na sonoridade, mas também no diálogo constante que estabelece com as músicas do primeiro disco, onde até os títulos das novas canções subvertem as ideias trabalhadas no lançamento de 2018. Contraposto, apesar de ainda tratar de ilusões, perdas e delírios, agora o músico também fala sobre pessoas queridas, esperança e a vontade irremediável de acreditar em si mesmo e viver sonhando, apesar de tudo.

“De cara lavada continuo a jornada / Eu não tento mais pedalar na contramão / Escorregar de um corrimão nos dias de chuva / Acho que é besteira descer a ladeira” canta o artista na faixa “Descer a Ladeira”.

O disco ainda conta com a belíssima e significativa capa de Guilherme criança. Com lançamento no Brasil pelo selo carioca Creepmachine Records e nos EUA pela Marly Records do Texas, o artista intenciona para o futuro “continuar lançando músicas com amigos, voltar a tocar ao vivo, e poder viajar fazendo shows desse disco”.

Cantando esperança em forma de melancolia, o artista traduz muito do que vivemos nos últimos anos, projetando tudo de melhor que ainda temos a viver daqui pra frente, se continuarmos sonhando.

Ouça: https://onerpm.link/579556916051

Acompanhe: @guimeire

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