Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers)

Feriado em plena quarta tem seus prós e contras. A começar pela absoluta falta do que fazer, que pode levar ao saboroso ócio ou ao pavoroso tédio. Como crianças saudáveis que somos, decidimos que um cinema não faria mal. Escolhemos o Cinemark, do Botafogo Praia Shopping, para assistirmos Os Três Mosqueteiros. O filme, dirigido por Paul Anderson, busca dar um ar moderno à história de D'Artagnan através do visual steampunk. Quem conhece o currículo do diretor sabe que ele tem uma relação meio estranha com remakes. Em vez de canalizar a sua criatividade para criar algo novo, Anderson tem mania de pegar histórias que já existem e trabalhar em cima delas, criando (não tão pequenos) detalhes que causam a revolta de fãs mais ortodoxos. No caso de Os Três Mosqueteiros, o motivo de discórdia foram os dirigíveis. Sim, meus caros. Na cabeça de Anderson, existem dirigíveis voando entre os céus de Paris e Londres.

A história começa com Milady de Winter (representada pela sempre presente Milla Jovovich) passando a perna em nossos três heróis e roubando deles o projeto de uma arma de guerra criado por Da Vinci. Anos se passam e o jovem D'Artagnan chega a Paris para realizar o sonho de ser um mosqueteiro. Como é arrogante demais para a idade, o rapaz consegue problemas com Athos (Matthew Macfadyen), Porthos (Ray Stevenson) e Aramis (Luke Evans) antes mesmo de descobrir o endereço de um bom hotel na cidade. Depois de uma luta com quarenta oficiais do Cardeal de Richelieu (Christoph Waltz) por terem infringido a lei de duelos públicos, D'Artagnan ganha a simpatia do Rei Luís XIII (Freddie Fox) e une-se aos mosqueteiros em uma missão no palácio do Duque de Buckingham (Orlando Bloom).
Os pontos fortes são todos concentrados na imagem e fotografia, mantendo aspectos como roteiro e elenco em segundo plano. Não que estejam ruins, muito pelo contrário, mas não há nada que chame atenção ou que possa ser considerado ótimo. O visual do filme, por outro lado, é magnífico. Os efeitos em 3D estiveram presentes em todas as cenas sem ficar massante ou exagerado. Foi apenas um detalhe técnico utilizado para tornar o universo criado por Anderson ainda mais interessante.
A minha única deceção foi com a Milla Jovovich, que definitivamente só pegou o papel por ser casada com o diretor. Talvez pelos tantos anos atuando com zumbis, Jovovich tenha se acostumado a agir como um deles. Estava completamente inexpressiva, chata, e não soube aproveitar nada de uma personagem tão interessante como a Milady. Uma pena.
Os Três Mosqueteiros é um típico filme de feriado. Se você estiver disposto a abrir mão de todos os preconceitos e buscae apenar um pouco de ação e entretenimento, pode dar o play neste aqui. E não esqueça a pipoca!


Agradecimentos a Philipe DuLac e Geisy Panisset que me levaram ao cinema antes que eu morresse de tédio no feriado.

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