Publicado originalmente em Flash Press
Com uma mistura de festa, pub e show underground, o Speed Rock provou que sim, a cena vive - mas ainda tem lições a aprender.
A última edição do Speed Rock rolou na última sexta-feira (10) no Salloon 79, pub alternativo em Botafogo - RJ. As bandas Stereophant, Miss Hell e Zander tocaram para uma casa cheia, mas rolou uma certa dificuldade em manter esse público olhando para o palco.
Começando a noite, a já conhecida Stereophant mandou a pedrada de sempre e não teve nem um pouco daquela maldição da banda de abertura. Sim, eles quebraram tudo. Sim, tinha gente ali para ver. O primeiro erro da programação, aliás, foi colocá-los para abrir o line. Com um som menos energético, a apresentação da Miss Hell acabou soando monótona - talvez por subir ao palco depois da avalanche que é o show da Stereophant. Nem a apresentação reta e disciplinada conseguiu segurar o público, que foi curtir a parte "pub" da noite.
Para quem estava sedento por hardcore, Zander foi um prato cheio. O ex-Noção de Nada trouxe a galera de volta para a beira do palco com riffs cheios de peso, mas pecou por fazer um show muito longo. Nessa hora a escolha de um pub mais uma vez pesou bastante. A galera dispersou, mas não foi embora. Quem estava ali permaneceu com os ouvidos firmes no palco, mesmo que os olhos estivessem em qualquer detalhe da bizarra decoração do Salloon.
Por fim, o Speed Rock teve mais vibe de festa do que de festival de rock, com um público que prestava mais atenção nas bebidas e no ambiente mais do que no que rolava ali no palco. Mas não entendam errado: esse formato é muito válido em um Rio de Janeiro que oferece tão poucas opções para quem vive de underground. Sinto que nessa cidade, cada riff de guitarra é uma linha na história de um rock 'n roll esquecido, mas que luta com muita força para se reerguer.
Quero deixar os parabéns pela iniciativa e meu agradecimento ao Rodrigo Coimbra, que gentilmente me convidou para estar lá e ver essa linha ser escrita.
Com uma mistura de festa, pub e show underground, o Speed Rock provou que sim, a cena vive - mas ainda tem lições a aprender.
A última edição do Speed Rock rolou na última sexta-feira (10) no Salloon 79, pub alternativo em Botafogo - RJ. As bandas Stereophant, Miss Hell e Zander tocaram para uma casa cheia, mas rolou uma certa dificuldade em manter esse público olhando para o palco.
Para quem estava sedento por hardcore, Zander foi um prato cheio. O ex-Noção de Nada trouxe a galera de volta para a beira do palco com riffs cheios de peso, mas pecou por fazer um show muito longo. Nessa hora a escolha de um pub mais uma vez pesou bastante. A galera dispersou, mas não foi embora. Quem estava ali permaneceu com os ouvidos firmes no palco, mesmo que os olhos estivessem em qualquer detalhe da bizarra decoração do Salloon.
Por fim, o Speed Rock teve mais vibe de festa do que de festival de rock, com um público que prestava mais atenção nas bebidas e no ambiente mais do que no que rolava ali no palco. Mas não entendam errado: esse formato é muito válido em um Rio de Janeiro que oferece tão poucas opções para quem vive de underground. Sinto que nessa cidade, cada riff de guitarra é uma linha na história de um rock 'n roll esquecido, mas que luta com muita força para se reerguer.
Quero deixar os parabéns pela iniciativa e meu agradecimento ao Rodrigo Coimbra, que gentilmente me convidou para estar lá e ver essa linha ser escrita.
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