Agatha e Gui Fleming lançam singles de seus primeiros álbuns solo

Os singles “Sapatinho”, de Agatha, e “A Bactéria”, de Gui Fleming, já estão prontos para aterrissar nas plataformas em 8 de fevereiro, através do selo Porangareté. E, no dia 15, às 19h30, os jovens cantores e compositores, que são casados e compartilham quase a mesma banda, vão unir prosas, versos e melodias no palco para cantar os singles, numa noite com convidados no LabSonica. A entrada será grátis, mediante inscrição online. Acompanhe no evento: www.facebook.com/events/344947652770345/
Crédito: Gabriel Soares
A história dos dois singles (em breve, discos!) que vamos contar começa em 2016, quando Agatha e Gui Fleming se viram pela primeira vez nos bastidores do curta-metragem “Aurora”, de Renata Spitz. Agatha era uma das atrizes do filme e Gui, amigo da diretora de arte, visitava o set. Os dois acabaram posando juntos para um teste de luz. Corta.

No ano seguinte, Gui foi convidado para tocar com Julia Vargas e Nó Cego em São Pedro da Serra. Os dois se reencontraram. Agatha cantaria com Rodrigo Garcia, líder da banda e um dos pulsos firmes do selo, na noite seguinte, na vizinha Lumiar, e foi prestigiar o show. A conversa fluiu tanto entre os dois que, num terceiro encontro dali a uns meses, acabaram formando um trio com Lucas Fidelis. Avança a fita para fevereiro de 2019.

Aos 23 anos, e com um timbre de voz grave e quente, Agatha está lançando o single “Sapatinho” (Chico Chico), calcado numa forte pegada blues, gravado em seu álbum de estreia, “Agatha”. Previsto para março, o disco traz sonoridade pop-jazzística. “Sapatinho me toca por ser uma força potente na mais dividida noção de si mesma que posso me enxergar. É um tiro no meu ego e é um aliviador dele também, quando me leva de volta à infância. Sem dúvida, é uma das minhas músicas favoritas do disco”, conta a cantora e compositora nascida em Niterói.

Gui Fleming, 30 anos, também está vindo com um single, “A Bactéria”, que antecede o álbum “Discando o Risco”, de pegada mais roqueira e experimental. “Compus em 2017, quando morava num casarão meio mágico em Santa Teresa que, antes, foi um convento e um hotel. Era um grande cortiço, com todo o tipo de gente, o verdadeiro lar da bactéria. E o cara que inventou a penicilina tem o meu sobrenome: Alexandre Fleming”, rebobina o artista, outro niteroiense, crescido em Taubaté, no interior de São Paulo.

“Fiz a música como uma brincadeira: o ser humano do ponto de vista da bactéria. Pensei num poema que entraria no meio da música, onde o ponto de vista se inverteria e um reacionário descreveria a bactéria como um ser subversivo, que não respeita a propriedade privada, sem orientação sexual, uma bactéria anarquista, que resistiu até ao antibiótico. O humor ajuda as pessoas a se identificarem com a música: ela fala de política de forma ácida, mas te faz rir e dançar”, completa ele.

Agatha e Gui estão casados há pouco menos de um ano e escolheram São Pedro da Serra para fixar residência, enquanto a música os leva pelo país. Agatha estudou filosofia na UFF e direção de cinema na Darcy Ribeiro e enveredou pelos caminhos do som guiada pelos repertórios magnéticos de Janis Joplin, Beatles, Ritchie Havens, Johnny Cash, Bob Dylan, Son House, Aretha Franklin e Bessie Smith.

Gui, por sua vez, é psicólogo formado pela UFF, com especialização em Psicanálise e Saúde Mental pelo IPUB-UFRJ. Chegou a estagiar por um ano no célebre Museu de Imagens do Inconsciente, idealizado por Nise da Silveira. Divertia-se com os livros de Stanislaw Ponte Preta, Mario Prata e O Pasquim, enquanto ouvia Beatles, Nirvana e Chico Buarque, que lhe descortinaram o universo da canção. Luiz Tatit, Tom Zé, Itamar Assumpção sedimentaram a sua estética, burilada desde os 15 anos. Lançou o primeiro disco independente aos 19 anos, com a banda Zuruó.

O casal se prepara para a chegada dos álbuns com o nascimento desses dois singles. Quer escutar antes?

“SAPATINHO”, da Agatha:
https://youtu.be/cUW3fSWwHEM
https://open.spotify.com/track/736p2O1zGqKR686HSfFLvE?si=1Arv3jRSQrOGh-x7lft3Iw

“A BACTÉRIA”, do Gui Fleming:
https://youtu.be/GTwPvg8YOpA
https://open.spotify.com/track/3BSlj1VrosZHVY7nplamP1?si=Aupicv8rTvirDfEVILt8Xg

QUANDO: 15 de fevereiro, às 19h30
ONDE: LabSonica, do Oi Futuro – Rua Dois de Dezembro, 107, no Flamengo
QUANTO: Grátis, mediante inscrição online
NO FACEBOOK: www.facebook.com/events/344947652770345/

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