Da mata viva, surge um ritmo intenso e caloroso. É “Yamí”, música que une as potências sonoras de Federico Puppi e Marco Lobo, em seu duo YAMÍ, com Rita Benneditto. O single presente no álbum homônimo do projeto, recém-lançado, ganha forma agora em clipe, sob a direção de Almir Chiaratti. O vídeo já está disponível no YouTube e o disco, em todas as principais plataformas de streaming de música.
Assista a “Yamí”: https://youtu.be/w0gf3rYv_N0
Ouça “YAMÍ”: http://smarturl.it/YamiAlbum
Esse encontro de cânticos e ritmos percussivos se tornou um dos destaques do trabalho, unindo o cellista italiano, o percussionista baiano e a cantora maranhense (aqui, também compositora) em uma faixa que sintetiza o propósito de YAMÍ: quebrar barreiras sonoras e geográficas. Ao somar ritmos ancestrais e regionais - neste caso, o bumba-meu-boi popular no Maranhão de Rita - com timbres eletrônicos e melodia, o duo se desdobra em um trio harmônico. O vídeo trouxe a oportunidade de traduzir em imagens a conexão entre YAMÍ e Benneditto, e também do projeto com o que é primal e instintivo.
“Queríamos que o clipe tivesse a presença da mata como personagem fundamental. Tudo ganhou forma de verdade quando contamos nossas ideias para Elza Ribeiro (empresária, produtora e irmã da Rita) e ela achou a locação perfeita: um sítio em Piraí (RJ), onde a floresta está viva! Ficamos encantados com aquele visual deslumbrante e a magia da atmosfera das fotos. Essa escolha da locação foi o que de alguma forma concretizou tudo, pois o lugar em si já sugeria muitas possibilidades”, revela o duo.
O clipe de “Yamí” se une a “Baião da Onça”, primeiro vídeo a apresentar o projeto. Gravados em estados diferentes, os dois registros também entregam intenções distintas. Enquanto o trabalho dirigido por Pico Garcez se desenrola em meio à riqueza de estímulos sonoros e visuais da Feira de São Joaquim e do D’Venetta no Carmo, em Salvador, o novo clipe traz uma conexão quase espiritual com o ambiente ao redor.
“A gravação aconteceu durante dois dias num sítio maravilhoso no meio da mata. Chegamos lá na noite do dia anterior à gravação. Quando acordamos no dia seguinte, o cenário foi totalmente surreal: uma neblina branca, densa, envolvia tudo. Só apareciam pedaços de árvores quando o vento as mexia. E um silêncio mágico, total. Parecia que tínhamos acordado em uma bolha no espaço-tempo, fora do mundo. Parecia uma ilha encantada. Depois de um tempo, o sol começou a esquentar e a neblina se desfez, deixando aparecer aos poucos as árvores e a paisagem, que se mostrou com toda sua potência na nossa frente. Foi um presente que a natureza nos deu!”, relembra Puppi.
“Assim que chegamos no sítio, uma energia maravilhosa tomou conta de todos! Fomos conhecer a cachoeira à noite mesmo, um verdadeiro portal. Na manhã seguinte, voltei lá sozinho e neste momento tive a certeza que estávamos em um lugar especial e que tudo daria certo”, complementa Marco Lobo.
Italiano radicado no Brasil, Federico Puppi é violoncelista e lançou em 2018 o disco “Marinheiro de Terra Firme”, seu segundo trabalho autoral - sucessor da estreia, “Canto da Madeira” - e que já flertava com a música eletrônica. Como produtor, trabalhou ao lado de Maria Gadú no disco “Guelã”, indicado ao Grammy Latino, entre outros nomes da cena brasileira.
Já Lobo é um dos grandes nomes da percussão no Brasil, com três álbuns solo e tendo trabalhado com artistas importantes, tais como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Virginia Rodrigues, Lenine, João Bosco, Ivan Lins e Marisa Monte. Além disso, ele tem desenvolvido projetos com músicos de todo o mundo, como o baterista Billy Cobham e o trio Elf, e ainda participa do grupo World Percussion Ensemble. A percussão de Lobo em Yamí inclui, além dos atabaques, instrumentos do folclore brasileiro como berimbau, gungas e tambor onça, além de pads eletrônicos e outros instrumentos experimentais como hang drum, tubos e sucatas.
Essa potência de batuque se encontra com Rita Benneditto. Artista polivalente, ela é conhecida por trabalhos como “Tecnomacumba”, onde explora a versatilidade de seu caminho na música que já foi coroado com uma indicação ao Grammy, com o Prêmio da Música Brasileira, entre outros reconhecimentos. A discografia de Rita Benneditto possui oito álbuns e um single, “7Marias”, que faz uma reverência ao poder feminino através do universo das pombagiras, entidades cultuadas nos terreiros de candomblé e umbanda brasileiros.
Da rica troca com Puppi e Lobo ao longo de sua turnê “Som e Fúria”, onde atuaram como instrumentistas, Rita desenvolveu uma sintonia com o projeto que ganhou forma ao compor “Yamí”. “Fiz a canção conduzida pela força da emoção ao ver no palco esses dois queridos e talentosos amigos. Fui arrebatada em cheio pela magia que eles emanavam tocando numa grande festa na Ilha da Gigóia. A melodia e a letra de Yamí fluíram como os ventos que sopravam naquela noite. Quando percebi, ela estava pronta dentro de mim”, relembra ela.
Com shows em festivais pelo país e parcerias nos palcos com nomes como Criolo, Tulipa Ruiz, Castello Branco, Mariana Aydar e Fernanda Sanntana, além da própria Rita Benneditto, eles construíram a sonoridade do duo em um longo processo criativo. Foi mais de um ano de experimentação ao vivo, fundindo as três raízes do projeto: o couro, as cordas e a eletricidade. Esse laboratório, que se estendeu por shows na Bahia, no Rio de Janeiro em festivais diversos pelo Brasil, deixou cada apresentação única, culminando na segunda parte do processo - as jams no estúdio Ouvido em Pé, um espaço próprio e de experimentos sem limites.
Yamí é um encontro de culturas e tempos diferentes, onde ancestralidade e futuro dançam juntos. O álbum de estreia já está disponível para streaming, com produção assinada por Marco Lobo e Federico Puppi.
Crédito: Thais Gallart |
Ouça “YAMÍ”: http://smarturl.it/YamiAlbum
Esse encontro de cânticos e ritmos percussivos se tornou um dos destaques do trabalho, unindo o cellista italiano, o percussionista baiano e a cantora maranhense (aqui, também compositora) em uma faixa que sintetiza o propósito de YAMÍ: quebrar barreiras sonoras e geográficas. Ao somar ritmos ancestrais e regionais - neste caso, o bumba-meu-boi popular no Maranhão de Rita - com timbres eletrônicos e melodia, o duo se desdobra em um trio harmônico. O vídeo trouxe a oportunidade de traduzir em imagens a conexão entre YAMÍ e Benneditto, e também do projeto com o que é primal e instintivo.
“Queríamos que o clipe tivesse a presença da mata como personagem fundamental. Tudo ganhou forma de verdade quando contamos nossas ideias para Elza Ribeiro (empresária, produtora e irmã da Rita) e ela achou a locação perfeita: um sítio em Piraí (RJ), onde a floresta está viva! Ficamos encantados com aquele visual deslumbrante e a magia da atmosfera das fotos. Essa escolha da locação foi o que de alguma forma concretizou tudo, pois o lugar em si já sugeria muitas possibilidades”, revela o duo.
O clipe de “Yamí” se une a “Baião da Onça”, primeiro vídeo a apresentar o projeto. Gravados em estados diferentes, os dois registros também entregam intenções distintas. Enquanto o trabalho dirigido por Pico Garcez se desenrola em meio à riqueza de estímulos sonoros e visuais da Feira de São Joaquim e do D’Venetta no Carmo, em Salvador, o novo clipe traz uma conexão quase espiritual com o ambiente ao redor.
“A gravação aconteceu durante dois dias num sítio maravilhoso no meio da mata. Chegamos lá na noite do dia anterior à gravação. Quando acordamos no dia seguinte, o cenário foi totalmente surreal: uma neblina branca, densa, envolvia tudo. Só apareciam pedaços de árvores quando o vento as mexia. E um silêncio mágico, total. Parecia que tínhamos acordado em uma bolha no espaço-tempo, fora do mundo. Parecia uma ilha encantada. Depois de um tempo, o sol começou a esquentar e a neblina se desfez, deixando aparecer aos poucos as árvores e a paisagem, que se mostrou com toda sua potência na nossa frente. Foi um presente que a natureza nos deu!”, relembra Puppi.
“Assim que chegamos no sítio, uma energia maravilhosa tomou conta de todos! Fomos conhecer a cachoeira à noite mesmo, um verdadeiro portal. Na manhã seguinte, voltei lá sozinho e neste momento tive a certeza que estávamos em um lugar especial e que tudo daria certo”, complementa Marco Lobo.
Italiano radicado no Brasil, Federico Puppi é violoncelista e lançou em 2018 o disco “Marinheiro de Terra Firme”, seu segundo trabalho autoral - sucessor da estreia, “Canto da Madeira” - e que já flertava com a música eletrônica. Como produtor, trabalhou ao lado de Maria Gadú no disco “Guelã”, indicado ao Grammy Latino, entre outros nomes da cena brasileira.
Já Lobo é um dos grandes nomes da percussão no Brasil, com três álbuns solo e tendo trabalhado com artistas importantes, tais como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Virginia Rodrigues, Lenine, João Bosco, Ivan Lins e Marisa Monte. Além disso, ele tem desenvolvido projetos com músicos de todo o mundo, como o baterista Billy Cobham e o trio Elf, e ainda participa do grupo World Percussion Ensemble. A percussão de Lobo em Yamí inclui, além dos atabaques, instrumentos do folclore brasileiro como berimbau, gungas e tambor onça, além de pads eletrônicos e outros instrumentos experimentais como hang drum, tubos e sucatas.
Essa potência de batuque se encontra com Rita Benneditto. Artista polivalente, ela é conhecida por trabalhos como “Tecnomacumba”, onde explora a versatilidade de seu caminho na música que já foi coroado com uma indicação ao Grammy, com o Prêmio da Música Brasileira, entre outros reconhecimentos. A discografia de Rita Benneditto possui oito álbuns e um single, “7Marias”, que faz uma reverência ao poder feminino através do universo das pombagiras, entidades cultuadas nos terreiros de candomblé e umbanda brasileiros.
Da rica troca com Puppi e Lobo ao longo de sua turnê “Som e Fúria”, onde atuaram como instrumentistas, Rita desenvolveu uma sintonia com o projeto que ganhou forma ao compor “Yamí”. “Fiz a canção conduzida pela força da emoção ao ver no palco esses dois queridos e talentosos amigos. Fui arrebatada em cheio pela magia que eles emanavam tocando numa grande festa na Ilha da Gigóia. A melodia e a letra de Yamí fluíram como os ventos que sopravam naquela noite. Quando percebi, ela estava pronta dentro de mim”, relembra ela.
Com shows em festivais pelo país e parcerias nos palcos com nomes como Criolo, Tulipa Ruiz, Castello Branco, Mariana Aydar e Fernanda Sanntana, além da própria Rita Benneditto, eles construíram a sonoridade do duo em um longo processo criativo. Foi mais de um ano de experimentação ao vivo, fundindo as três raízes do projeto: o couro, as cordas e a eletricidade. Esse laboratório, que se estendeu por shows na Bahia, no Rio de Janeiro em festivais diversos pelo Brasil, deixou cada apresentação única, culminando na segunda parte do processo - as jams no estúdio Ouvido em Pé, um espaço próprio e de experimentos sem limites.
Yamí é um encontro de culturas e tempos diferentes, onde ancestralidade e futuro dançam juntos. O álbum de estreia já está disponível para streaming, com produção assinada por Marco Lobo e Federico Puppi.
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