Rock e música caipira: Judas retrata caos contemporâneo em novo álbum “Os Desencantos”

A banda brasiliense Judas acaba de lançar o álbum Os Desencantos. A obra trata-se de um retrato melancólico da contemporaneidade, mixando referências de rock com nuances da música caipira. O grupo é liderado por Adalberto Rabelo Filho - compositor de nomes como Jards Macalé, Wado, Maria Alcina e Vespas Mandarinas.


Escute Os Desencantos via Spotify, Deezer ou iTunes


O álbum traz a faixa inédita Cisne Negro e compila os EP’s Casa de Tolerância No.1 (2016), Enfermaria Número 6 (2018) e Matadouro Número 5 (2019). São 10 músicas ao todo, sendo todas gravadas no estúdio Sala Fumarte, em Brasília (DF). As sessões ocorreram entre 2016 e 2019. Na produção, a banda contou com suporte de Breno Brites - que também assinou a mixagem e a masterização do disco.

Adalberto Rabelo Filho, que é vocalista do grupo, explica que o título provém de um trocadilho. "O nosso disco conta com 10 cantos tristes e desiludidos com o estado atual das coisas e do mundo. Daí o trocadilho: os cantos se transformam em desencantos, cujo significado descrito no dicionário é relacionado a uma pessoa que sofreu alguma decepção".

O cantor ainda ressalta que a obra foi inspirada no termo 'spell' -que em inglês pode significar 'encanto' ou 'soletrar'. Para ele, "isso mostra que a magia acontece à medida em que o homem nomeia as coisas, tirando-as do real e finito e levando-as ao abstrato e eterno. Elas deixam de serem meros objetos para passarem a existência como conceito. Uma palavra passa a ter o poder então de mudar o mundo. E isso é muito representativo para nós".

Além de Adalberto, a banda é formada por Carlos Beleza (guitarra), Hélio Miranda (bateria), Bruno Prieto (baixo) e Pedro Vaz (viola caipira). O grupo existe desde de 2009 e ainda possuí o álbum Nonada (2014) no catálogo. Desta forma, a Judas tem construído sua sonoridade influenciando-se principalmente em artistas como Bob Dylan, Sérgio Sampaio, Childish Gambino e Thundercat.

Comentários