Lienne promove encontro de raízes da música brasileira em “Canto de Sereia”, faixa-título de seu novo EP
Uma miragem onírica e ritmada, como o balanço do mar, embala “Canto de Sereia”, faixa-título do próximo EP da cantora e compositora carioca Lienne. Raízes afros e populares da música brasileira se encontram na cadência do violão e do cavaquinho, em uma oferenda musical a Iemanjá. O single já está disponível nas plataformas de música digital e marca uma colaboração da artista com a também cantora e compositora Ledjane Motta, com quem assina a composição.
Ouça “Canto de Sereia”: https://smarturl.it/LienneCantoDeSereia
As origens dos cantos populares brasileiros povoam a música de Lienne. Exemplo disso é sua releitura de “Canto de Iemanjá”, primeiro single do EP lançado em julho - mês em que se completaram 40 anos sem Vinicius de Moraes, autor ao lado de Baden Powell. Assim como a faixa anterior, “Canto de Sereia” é um afro-samba que mescla o universo da MPB à magia dos atabaques nos terreiros - embora o arranjo não conte, necessariamente, com percussões. A levada das cordas dá o tom para essa canção de entrega que uniu duas compositoras partindo de lugares completamente opostos em sua inspiração. Nas águas é que elas se encontram.
“Tanto eu quanto a Ledjane temos uma história muito nossa de como cada parte da música surgiu em nós. Ela tinha viajado sozinha no seu próprio aniversário e compôs o refrão num sobressalto enquanto estava de frente para as águas. Ela me enviou um áudio cantando no banho assim que chegou no quarto de hotel. Eu tinha acabado de perder meu pai e estava introspectiva, sem criatividade... E a segunda parte da música simplesmente me veio inteira, solfejando, também durante um banho, assim que voltei de uma viagem para a Bahia, onde tentava processar todos aqueles sentimentos... Posso dizer que a força das águas está profundamente inscrita nessa canção”, explica Lienne.
Ela faz de sua música uma ponte entre o tradicional e o novo, entre o ancestral e o profano, com um olhar feminino único e de cronista bem-humorada das ruas e da boemia. Tudo isso converge em seu disco de estreia, “Porta-Chuva” (2018). Entre sambas, maracatus, cocos e ijexás, as canções foram forjadas com a experiência adquirida na vivência da cultura popular.
2020 marca o início de uma nova fase da artista. Além dos dois singles lançados, Lienne ganhou destaque ao se tornar uma entre os seis contemplados pelo Rootstock Music Festival, originalmente sediado na França e neste ano realizado online, para receber um de seus Artist Awards. A ideia da premiação é incentivar jovens e promissores talentos ao redor do mundo através de um aporte financeiro e mentoria, que serão aplicados em um próximo disco de Lienne.
Enquanto isso, o EP funcionará como um cartão de visitas do trabalho. Inspirado pelo sincretismo da cultura afro-brasileira que perpassa os trabalhos de Vinicius e Baden, Moacir Santos e Tincoãs, o single é conduzido pelo balanço entre a calmaria e a ressaca dos mares, em uma espécie de mantra e oração a Iemanjá que move o ouvinte do meditativo ao enérgico. Nessa gravação, Lienne teve a participação de Almir Côrtes no violão e Marcos Tannuri no cavaquinho.
As origens dos cantos populares brasileiros povoam a música de Lienne. Exemplo disso é sua releitura de “Canto de Iemanjá”, primeiro single do EP lançado em julho - mês em que se completaram 40 anos sem Vinicius de Moraes, autor ao lado de Baden Powell. Assim como a faixa anterior, “Canto de Sereia” é um afro-samba que mescla o universo da MPB à magia dos atabaques nos terreiros - embora o arranjo não conte, necessariamente, com percussões. A levada das cordas dá o tom para essa canção de entrega que uniu duas compositoras partindo de lugares completamente opostos em sua inspiração. Nas águas é que elas se encontram.
“Tanto eu quanto a Ledjane temos uma história muito nossa de como cada parte da música surgiu em nós. Ela tinha viajado sozinha no seu próprio aniversário e compôs o refrão num sobressalto enquanto estava de frente para as águas. Ela me enviou um áudio cantando no banho assim que chegou no quarto de hotel. Eu tinha acabado de perder meu pai e estava introspectiva, sem criatividade... E a segunda parte da música simplesmente me veio inteira, solfejando, também durante um banho, assim que voltei de uma viagem para a Bahia, onde tentava processar todos aqueles sentimentos... Posso dizer que a força das águas está profundamente inscrita nessa canção”, explica Lienne.
Ela faz de sua música uma ponte entre o tradicional e o novo, entre o ancestral e o profano, com um olhar feminino único e de cronista bem-humorada das ruas e da boemia. Tudo isso converge em seu disco de estreia, “Porta-Chuva” (2018). Entre sambas, maracatus, cocos e ijexás, as canções foram forjadas com a experiência adquirida na vivência da cultura popular.
2020 marca o início de uma nova fase da artista. Além dos dois singles lançados, Lienne ganhou destaque ao se tornar uma entre os seis contemplados pelo Rootstock Music Festival, originalmente sediado na França e neste ano realizado online, para receber um de seus Artist Awards. A ideia da premiação é incentivar jovens e promissores talentos ao redor do mundo através de um aporte financeiro e mentoria, que serão aplicados em um próximo disco de Lienne.
Enquanto isso, o EP funcionará como um cartão de visitas do trabalho. Inspirado pelo sincretismo da cultura afro-brasileira que perpassa os trabalhos de Vinicius e Baden, Moacir Santos e Tincoãs, o single é conduzido pelo balanço entre a calmaria e a ressaca dos mares, em uma espécie de mantra e oração a Iemanjá que move o ouvinte do meditativo ao enérgico. Nessa gravação, Lienne teve a participação de Almir Côrtes no violão e Marcos Tannuri no cavaquinho.
Comentários
Postar um comentário