Adriana Calcanhotto grava projeto audiovisual de "Margem" na Cidade das Artes

Após a turnê bem-sucedida de A Mulher do Pau Brasil, na qual Adriana Calcanhotto apresentou o resultado da sua estadia como docente na cidade de Coimbra, em Portugal, para brasileiros e portugueses, a cantora mais uma vez vem se dar ao mar como imagem para apresentar “Margem”.
Crédito: Murilo Alvesso
A estreia nacional da turnê ocorreu em agosto de 2019, percorrendo cidades de todo o país com mais de 40 apresentações. Em outubro, “Margem” chegou aos Estados Unidos e passará pela Europa em seguida. Em breve, no dia 14 de dezembro, Adriana Calcanhotto gravará na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, o projeto audiovisual de “Margem”.

A cantora assina a direção do espetáculo de seu novo álbum, Margem, lançado em junho de 2019. A banda que a acompanha é formada pelos mesmos músicos que tocaram e coproduziram com ela o seu mais recente trabalho de estúdio. Rafael Rocha (mpc, bateria, percussão, Handsonic, assovio), Bruno Di Lullo (baixo e synth) e Bem Gil (guitarra e synth), os dois últimos estiveram com Calcanhotto na turnê A Mulher do Pau Brasil, que rodou o Brasil no segundo semestre de 2018.

O repertório do novo show tem como esqueleto as canções do recente álbum e resgata músicas de Maritmo e Maré, os outros dois discos da trilogia marinha (como “Mais Feliz”, “Vambora”, “Quem Vem Pra Beira do Mar”), além de sucessos da carreira de Adriana, como “Devolva-me” e “Maresia”, canções arranjadas especialmente para o espetáculo, como "Futuros Amantes”, de Chico Buarque, de 1993, que a cantora gravou como faixa exclusiva para a versão japonesa de "Margem". "Canção irmã de “Os ilhéus”, apontam as duas para muito tempo depois de nossa civilização, e apostam as duas no amor e na virtude como humanidades sobreviventes aos tempos. Não saberemos. As duas canções irmãs só se encontram no palco (e no disco japonês) e em sequência. É dos momentos mais fortes do show, pra mim, no sentido do quanto uma canção pode exigir de nós em termos da nossa capacidade de rendição à beleza. Será que um dia Copacabana será a nova Atlântida? Chico Buarque e Antonio Cicero é quem sabem”, especula a compositora.

“No primeiro ensaio olhei para a banda e falei “vamos fazer um luau”. Esse foi o primeiro sentimento. Luaus dependem da força do vento, do tempo que ele sopra numa só direção, da maré, e esse show é assim; completamente dependente do mar. Com os ensaios porém, fui percebendo que o emaranhado de textos do roteiro, que tem muitos ecos e referências literárias, foi se superpondo à ideia de luau, que é a princípio menos complexo. Os arquétipos marinhos foram dando as caras, a meu ver em função da sonoridade que alcançamos tocando juntos tanto tempo depois das gravações do disco. O som do show não quis ser o som do disco, o universo timbrístico teve que se expandir pra conter as canções da trilogia e mais as outras todas e isso era previsto mas o som do show resultou mais relaxado, mais vagabundo. Interessante foi notar as ligações que as canções começaram a fazer entre si independentemente da minha ação. De certa forma, fui observando o roteiro se fazer a si próprio, maneira inteiramente nova pra mim de conceber um espetáculo", finaliza.

O novo show traz mais uma novidade, a lojinha Margem. Dessa vez, com uma pegada sustentável. O espaço terá diversas opções de produtos e souvenirs que estarão à venda antes e após o espetáculo. Em parceria com a empresa Papel Semente, a tag das camisas, feita com papel artesanal, ecológico e biodegradável, poderá ser plantada e em 20 dias nascerá uma flor chamada de mosquitinho branco. Já as sacolas plásticas utilizadas na lojinha são da empresa Tudo Biodegradável. A decisão ecológica é fruto de uma parceria com a ONG Funverde, que investe no plantio de árvores.


SERVIÇO
Data: 14 dezembro de 2019 (Sábado)
Horário: 21h
Local: Cidade das Artes - Grande Sala
Endereço: Av. das Américas, 5300 - Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
Ingressos: A partir de R$ 40,00
Classificação: Livre

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